Post-mortem é um termo originário do Latim e significa "póstumo","após a morte".
Mas qual a origem das fotos chamadas de post-mortem?
Esse tipo de fotografia
se popularizou na América do Norte e Europa, e os fotógrafos que se especializaram
nesse tema ganharam status e muito dinheiro. No começo, os corpos eram
fotografados no caixão ou deitados, como se estivessem dormindo, mas
posteriormente os mortos começaram a ser fotografados como se a pessoa falecida
ainda estivesse em uma atitude cotidiana.
Fotografar os entes
queridos era uma espécie de negação da morte, uma forma de que fosse mantida a
imagem da pessoa viva, apagando aquela última, dentro do caixão.
Em família: o cadáver, pasmem, é a menina do meio. |
Naquela época as
fotografias em si já eram um artigo de luxo, devido ao alto valor para que
fossem produzidas e pela pouca quantidade de máquinas fotográficas e profissionais
existentes. Uma foto post mortem era ainda mais cara, naturalmente, mas servia
como última homenagem da família ao falecido.
Quando a morte havia
ocorrido há pouco tempo criavam-se cenários elaborados para as fotografias, de
forma que ficava impossível, para quem desconhecesse o fato, de que o modelo se
tratava na verdade de um cadáver.
Porém, se a morte já
tivesse se dado há mais tempo havia a necessidade de se instalar calços de
madeira e estacas junto ao defunto, e caprichar na maquiagem para que fosse
conseguido o efeito desejado pela família.
Alguém diria que se trata de um cadáver? |
Obviamente, quanto maior
fosse a produção, maior seria o valor cobrado.
Muitas delas retratam o
defunto de olhos abertos, como se encarasse a câmera, produzindo um efeito que
impressiona, principalmente quando o morto em questão é uma criança ou um bebê.
Em diversas dessas
fotos, onde vivos e mortos posam juntos para o retrato post-mortem, fica difícil
diferenciar quem ainda possui vida ou não.
Post-mortem de crianças, as que mais impressionam... |
Recentemente o interesse
em fotografias post-mortem cresceu bastante e diversas exposições foram
organizadas sobre o tema. Em 1998, por exemplo, o The Teyler Museu, o mais
antigo da Holanda, organizou a exposição “Naar het lijk, het Nederlandse
doodsportret, 1500 – heden” que grosseiramente pode ser traduzido como “O
cadáver, o retrato da morte holandês, 1500 – presente” que retrata pessoas falecidas
desde o ano de 1500 até hoje.
Uma das maiores coleções
do gênero pode ser encontrada no The Burn Archive, nos E.U.A., que conta com
uma vasta coleção de fotografias médicas, consequentemente de muitas
post-mortem.
Caso tenha se
interessado há um imenso catálogo de fotos do gênero disponível na internet,
basta utilizar algum buscador com “fotografia post-mortem”, muitas delas muito
impressionantes.
Os costumes mudam bastante com o passar das gerações e o que hoje pode nos parecer bizarro e de mau gosto não era assim considerado até algumas décadas atrás.
Os costumes mudam bastante com o passar das gerações e o que hoje pode nos parecer bizarro e de mau gosto não era assim considerado até algumas décadas atrás.
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