10 julho 2012

Vertentes do Horror.


Prisioneiro do Medo

Prisioneiro do Medo

O fato de que nos últimos tempos houve um “boom” dentro do gênero horror é evidente. Tanto no cinema como na televisão e na literatura ele vem sendo mais abordado a cada dia.



Um gênero que outrora era marginalizado e considerado até mesmo um tabu hoje é encarado com maior naturalidade pelo público, o que fez com que ele deixasse de ser tão aterrorizante e até mesmo escandaloso como era. Devido ao aumento de tal popularidade o horror acabou por se tornar um filão bastante interessante e rentável, fazendo dele um alvo interessante para aqueles que ambicionam apenas arrecadar dividendos. Devido a esse fato as obras surgem de forma vertiginosa, nem todas primando pela qualidade, como não poderia deixar de ser, mas abrindo caminho para os que o abordam de uma forma mais genuína.

Atividade Paranormal. Filme que segue o gênero de filmagem em primeira pessoa e traz ao público os tormentos que espíritos malignos podem causar.

O Exorcista, filme também proveniente do meio literário, aborda a possessão demoníaca que pode ocorrer até mesmo com os mais inocentes (como a meiga Regan) e lhes impor o sofrimento infernal mais genuíno. Um dos primeiros filmes que vêm à mente das pessoas quando se trata de horror.



Uma casa dominada por espíritos que se dedicam a aterrorizar a vida de seus moradores. Esse é o tema abordado em Poltergeist - O Fenômeno. Estudiosos dizem que fatos como os retratados no filme são reais, o que impregna de horror o público que se vê sob a perspectiva de sofrer algo do tipo.



30 Dias de Noite é a adaptação do HQ que leva aos aficionados pelos vampiros o lado puramente sanguinário e aterrorizante dessas criaturas, sem rodeios românticos e invencionices humanitárias. Sangue é alimento, simples assim.



A quantidade de obras que eu poderia relatar é gigantesca e as que mencionei servem apenas para ilustrar as diversas formas como o gênero pode ser abordado, todas tendo como ingrediente primordial o horror. A popularização do gênero atualmente é tal que surgiram diversas séries televisivas que o exploram, cada uma utilizando sua peculiar linguagem e afetando as pessoas de formas diferentes. Vejamos algumas delas:



Sobrenatural narra a saga dos irmãos Winchester em sua luta contra criaturas como Djins, fantasmas, vampiros, metamorfos, demônios e afins (em alguns momentos até mesmo anjos), com pitadas de humor e, em certos momentos, com aventuras dignas de viagens provenientes do uso de entorpecentes.



The Walking Dead segue a hoje famosa perspectiva de um apocalipse zumbi, sem deixar de lado os conflitos humanos de cada personagem.



American Horror History é a série de horror/drama que tem como objetivo (segundo seus autores) revolucionar o gênero, mas que não agrada a todos com sua linguagem considerada enfadonha.



The Vampire Diaries, já é uma série teen que aborda as aventuras de dois irmãos vampiros, um bom e outro mal (pouco clichê?) utilizando o horror de forma bastante água com açúcar, mas que possui seus fãs em níveis atmosféricos.

Buffy - A Caça-Vampiros é outra obra televisiva que tenta explorar o horror, mas que segue mais para o gênero aventura, indicada para o público adolescente apreciador do horror light (nesse caso, ao extremo).

Acredito que já tenha sido possível perceber a dimensão que o gênero horror atingiu e eu tenha conseguido exemplificar as diversas vertentes que ele possui. O horror migrou da marginalizada literatura para alcançar o horário nobre da televisão.

Na minha época as obras devidamente fundamentadas no medo eram exibidas tarde da noite, longe dos olhos do grande público que se incomodava com cenas mais agressivas. Crianças, como eu na época, assistiam os filmes de terror (como eram conhecidos na época) escondidas dos pais. Hoje a família se senta no sofá com um balde de pipoca e usufrui do sangue sem maiores conseqüências.

É, hoje a situação mudou.

Obras consideradas como horror são veiculadas no horário nobre, livros possuem suas capas expostas em bancas de jornal e blog´s e sites que tratam do tema se proliferam a cada dia. Acho que as pessoas tiveram sua percepção sobre o que lhes causa medo bastante alteradas, provavelmente pela facilidade de acesso que possuem ao que antes era mais “secreto”. Isso fez com que o gênero horror tenha se tornado mais popular e deixado de ser um tabu, como o era até não muitos anos atrás.

Enfim, a verdade é que hoje as obras que seguem o gênero se proliferam seja no cinema, na literatura, na televisão ou na internet, cada qual com suas particularidades e seus objetivos, nem sempre prezando muito pela qualidade.
O importante é que, à sua maneira, cada qual faz as pessoas perderem noites de sono (será?).

Muitas pessoas que hoje são fãs de obras horripilantes chegaram até elas através de algo mais light, mas que serviu para levá-las até aquilo que lhes realmente causasse pesadelos. Alguns se deparam com a nova experiência e se apaixonam, assim como existem os que se horrorizam com o que encontram e corram de volta para as obras menos atormentadoras, mas a verdade é que o horror genuíno não se atém a uma única fórmula, ele possui diversas vertentes, e elas abordam o gênero de maneiras diversas, cada qual explorando um tipo de medo, fobia ou crença.


Existe o horror que explora a carnificina, o que aborda tormentos psicológicos, aquele que retrata lendas e mitos seculares e também o que encara medos cotidianos.

Existe horror para todos os gostos e isso causa muita polêmica tanto entre os envolvidos no meio quanto no público em geral. O que é considerado horror para alguns, não o é para outros. Abordarei algumas aclamadas obras, todas dentro do gênero horror, para exemplificar como esse universo é amplo.

O documentário Faces da Morte certamente é lembrado pelos perseguidores do horror agressivo. A película que expõe as diversas formas de morrer é chocante e perturbadora, um gênero que alguns qualificam como desnecessário, principalmente nos últimos tempos em que o que nele é retratado se tornou corriqueiro.

O infindável Sexta-feira 13 (com incontáveis continuações) retrata as aventuras do enigmático Jason, que se dedica a matar jovens, principalmente quando estes desfrutam de sua sexualidade. O brutamonte persegue suas vítimas sem dificuldade e possui uma incrível e inexplicável imortalidade. Talvez ele finalmente seja destruído quando (por uma alegoria do destino) ele se encontre com o imbatível Chuck Norris.

Já nos filmes da franquia A Hora do Pesadelo o sádico (e também indestrutível) Freddy Krueger aterroriza adolescentes em seus sonhos, sendo capaz de possuir seus corpos e, em alguns momentos, deixando o reino de Morfeu para atacar também fora dele. Quem, ao assistir o filme, não se lembrou do macabro protagonista ao colocar a cabeça no travesseiro?

O Iluminado. O perturbador livro de Stephen King retrata a epopéia de Jack Torrance que após seu filho passar pela “iluminação”, perde as estribeiras e surta completamente. Magistralmente retratado no cinema sob a direção de Stanley Kubrick e que tem como protagonista o ator Jack Nicholson.

O aclamado romance Drácula, de Bram Stoker, imortalizou o Conde Drácula. Uma obra angustiante escrita de uma forma peculiar e que aborda o amor, a revolta, a vingança e a eterna busca humana pela imortalidade, consolidando o mítico vampiro na lista dos personagens de horror mais famosos. Também foi transferido para o cinema, cujo personagem que dá intitula a obra originou diversos outros filmes, quadrinhos e etc.

A Volta dos Mortos-Vivos. Filme “trash” dos anos 80 baseado na obra de George Romero (A Noite dos Mortos-Vivos) popularizou a perspectiva de algo que faça os falecidos escaparem de suas covas e dominem o mundo.

A obra de Anne Rice, Entrevista com o Vampiro, que também foi adaptada para os cinemas, retrata os sugadores de sangue de uma maneira mais romanceada e que traz a idéia de que eles podem estar entre nós.

À Meia-Noite Levarei Sua Alma é um clássico do horror brasileiro. Tendo como autor o cineasta José Mojica Marins, é a obra em que se deu a primeira aparição do famoso Zé do Caixão, entidade que, segundo o próprio Mojica, permeava seus pesadelos.

Alien - O Oitavo Passageiro é considerado um dos melhores filmes de horror (a quem o qualifique como de ficção), e deixa de lado os seres mitológicos para abordar o perigo da existência de criaturas alienígenas sedentas por carne humana.

Inverno de Sangue em Veneza (Don´t Look Now) é um filme sobre a vida de um casal que, após a trágica morte da filha, inicia uma relação perigosa de curiosidade sobre o outro lado da vida. 

A imortal obra de Alfred Hitchcock, Psicose, traz à tona os tormentos mentais que podem assolar qualquer ser humano considerado aparentemente normal.



Atividade Paranormal. Filme que segue o gênero de filmagem em primeira pessoa e traz ao público os tormentos que espíritos malignos podem causar.

O Exorcista, filme também proveniente do meio literário, aborda a possessão demoníaca que pode ocorrer até mesmo com os mais inocentes (como a meiga Regan) e lhes impor o sofrimento infernal mais genuíno. Um dos primeiros filmes que vêm à mente das pessoas quando se trata de horror.

Uma casa dominada por espíritos que se dedicam a aterrorizar a vida de seus moradores. Esse é o tema abordado em Poltergeist - O Fenômeno. Estudiosos dizem que fatos como os retratados no filme são reais, o que impregna de horror o público que se vê sob a perspectiva de sofrer algo do tipo.

30 Dias de Noite é a adaptação do HQ que leva aos aficionados pelos vampiros o lado puramente sanguinário e aterrorizante dessas criaturas, sem rodeios românticos e invencionices humanitárias. Sangue é alimento, simples assim.

A quantidade de obras que eu poderia relatar é gigantesca e as que mencionei servem apenas para ilustrar as diversas formas como o gênero pode ser abordado, todas tendo como ingrediente primordial o horror.

A popularização do gênero atualmente é tal que surgiram diversas séries televisivas que o exploram, cada uma utilizando sua peculiar linguagem e afetando as pessoas de formas diferentes. Vejamos algumas delas:

Sobrenatural narra a saga dos irmãos Winchester em sua luta contra criaturas como Djins, fantasmas, vampiros, metamorfos, demônios e afins (em alguns momentos até mesmo anjos), com pitadas de humor e, em certos momentos, com aventuras dignas de viagens provenientes do uso de entorpecentes.

The Walking Dead segue a hoje famosa perspectiva de um apocalipse zumbi, sem deixar de lado os conflitos humanos de cada personagem.
American Horror History, é a série de horror/drama que tem como objetivo (segundo seus autores) revolucionar o gênero, mas que não agrada a todos com sua linguagem considerada enfadonha.

The Vampire Diaries, já é uma série teen que aborda as aventuras de dois irmãos vampiros, um bom e outro mal (pouco clichê?) utilizando o horror de forma bastante água com açúcar, mas que possui seus fãs até mesmo entre os que se dizem aficionados pelo horror mais clássico.

Buffy - A Caça-Vampiros é outra obra televisiva que tenta explorar o horror, mas que segue mais para o gênero aventura, indicada para o público adolescente apreciador do horror light (nesse caso, ao extremo).

Acredito que já tenha sido possível perceber a dimensão que o gênero horror atingiu e eu tenha conseguido exemplificar as diversas vertentes que ele possui.

 O horror migrou da marginalizada literatura para alcançar o horário nobre da televisão.
Na minha época as obras devidamente fundamentadas no medo eram exibidas tarde da noite, longe dos olhos do grande público que se incomodava com cenas mais agressivas.

Crianças, como eu na época, assistiam os filmes de terror (como eram conhecidos na época) escondidas dos pais. Hoje a família se senta no sofá com um balde de pipoca e usufrui do sangue sem maiores conseqüências.

É, hoje a situação mudou.
Obras consideradas como horror são veiculadas no horário nobre, livros possuem suas capas expostas em bancas de jornal e blog´s e sites que tratam do tema se proliferam a cada dia.

Acho que as pessoas tiveram sua percepção sobre o que lhes causa medo bastante alteradas, provavelmente pela facilidade de acesso que possuem ao que antes era mais “secreto”.

Isso fez com que o gênero horror tenha se tornado mais popular e deixado de ser um tabu, como o era até não muitos anos atrás.

Enfim, a verdade é que hoje as obras que seguem o gênero se proliferam seja no cinema, na literatura, na televisão ou na internet, cada qual com suas particularidades e seus objetivos, nem sempre prezando muito pela qualidade.

O importante é que, à sua maneira, cada qual faz as pessoas perderem noites de sono (será?).



Prisioneiro do Medo

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