Embora estejamos mais
familiarizados com os mitos e as lendas do Ocidente, o Oriente também está
repleto de histórias muito curiosas, e horripilantes.
Hoje lhe apresentarei três figuras
do folclore malaio-indonésio: o Pontianak (também conhecido como Matianak), o
Suir Lang e o Kuntilanak.
Segundo a lenda, o Pontianak (corruptela
da palavra boentianak, do holandês indonésio) é uma espécie de “espírito
vampiro”, representado por uma mulher pálida de cabelos longos e que traja um
vestido branco. Ele ataca homens que perambulam sozinhos à noite, cravando suas
garras no estômago da vítima e alimentando-se de suas vísceras, transformando-se,
assim, em uma bela jovem. Entretanto, se o ataque for motivado por vingança ele
se contenta em arrancar a genitália do infeliz. Diz-se, ainda, que se a pessoa
estiver de olhos abertos quando um Pontianak se aproximar ele os sugará para
fora das órbitas.
Pontianak |
A origem do Pontianak, segundo o
folclore, são espíritos de mulheres que morreram enquanto estavam grávidas, na
maioria devido a uma morte violenta, sendo assim, anuncia sua presença no meio da
mata através do choro de um bebê. Com a ajuda de um cachorro é possível
identificar a presença da entidade, que uivará se ela estiver distante ou
ficará ganindo caso esteja pelas proximidades.
A criatura rastreia sua vítima
através do cheiro da roupa, e devido a isso os malaios não possuem o hábito de
deixar roupas secando no varal durante a noite.
A única forma de se combater a
criatura é cravando-lhe um prego em sua nunca, quando ele se transformará em
uma bela mulher e se tornará uma devotada esposa, até que o objeto seja
removido.
Já o Kuntilanak indonésio é semelhante ao Pontianak, porém também pode tomar
a forma de um pássaro para sugar o sangue das virgens e jovens mulheres. A
criatura pode ser enviada através de magia negra com o intuito de levar
enfermidade a um desafeto, geralmente do sexo feminino, e um sintoma
característico de atividade da criatura é um misterioso sangramento vaginal. Quando
está sob a forma feminina ela pode atacar também os homens, mas nesse caso
costuma-se chamar a criatura de Suir Lang.
Kuntilanak |
A forma de se defender de um Kuntilanak é semelhante a do Pontianak,
transformando a criatura, também, em uma bela e obediente esposa, mas no caso
deste o prego deve-lhe ser cravado no topo da cabeça.
O Suir Lang está relacionado ao Kuntilanak, sendo geralmente
confundidos, mas são muito diferentes e o Suir Lang considerado mais perigoso. Seu
nome, segundo a tradição, é escrito com essas duas palavras, mas ultimamente
tornou-se costume referir-se a ele como Slangsuir ou Langsuyar.
Segundo a tradição os Suir Lang são espíritos de mulheres que faleceram
durante o parto, devido a algum tipo de complicação, resultando na morte da mãe e do bebê. A transformação ocorreria então quarenta dias após o lastimável evento,
a menos que contas feitas de vidro sejam colocadas dentro da boca dos cadáveres
da mãe e do natimorto.
O Suir Lang, ao contrário do Pontianak e do Kuntilanak, não assume a
forma de uma bela mulher para atacar, apresentando-se com terríveis olhos
vermelhos e longas garras, semelhantes às de uma ave de rapina. Outra diferença
dele para os outros é a de que ele não ataca homens, mas sim mulheres grávidas,
com o intuito de causar a morte do feto.
Sob a forma de uma coruja a criatura pode voar, mas ela só pode ser
encontrada nas proximidades de rios ou do mar e, na ausência de mulheres
grávidas, ela se alimenta de peixes.
Para destruir o Suir Lang é necessário lhe cortar as garras, quando ela
também assumirá, definitivamente, a forma de uma mulher.
Suir Lang |
Não sei quanto a você, mas eu acho essas lendas bastante curiosas, e por
vezes até um pouco engraçadas, em todo caso tentarei me lembrar delas caso um
dia eu vá até a Malásia e a Indonésia.
Nunca se sabe.
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