10 julho 2012

O Horror na Vida Real.


Prisioneiro do Medo


Prisioneiro do Medo

As pessoas normalmente costumam se perguntar sobre o que se passa na cabeça dos autores de histórias e filmes de horror para que possam criar histórias tão terríveis, originais e inesquecíveis. 

Alguns célebres autores do gênero, como Edgard Allan Poe (1809-1849) eram etilistas inveterados, utilizando-se do Absinto para enveredar pelos caminhos do horror, no entanto a grande maioria se inspira em lendas antigas (como mortos-vivos, lobisomens, vampiros e etc), lendas urbanas, espiritualidade, seitas misteriosas ou criam personagens que se enquadram na categoria dos serial killers.


Difícil dizer o que inspirava os escritores antigos porque para isso há a necessidade de se saber mais acerca do que ocorria no dia a dia da época, mas fica mais fácil compreender os objetos de inspiração dos dias atuais. Basta ver os noticiários e nos deparamos com uma enxurrada de relatos sobre crimes dos mais terríveis e de toda espécie e alguns deles parecem ter saído de um macabro conto de horror, cujo enredo ultrapassa diversas histórias conhecidas.

Como exemplo citarei um caso recente, o dos “Canibais de Garanhuns”.


Um trio formado por um homem, sua esposa e sua amante, dizendo-se membros de uma seita que tinha como objetivo “conter o avanço da Humanidade”, assassinava mulheres em um ritual macabro (ao que tudo indica, um total de oito vítimas), repartiam os corações entre eles e se alimentavam da carne dos cadáveres em um “ritual de purificação”. E mais, uma criança de cinco anos que parece ser filha de umas das vítimas também era alimentada essa forma. A criança assistiu aos dois últimos crimes, onde eles alegavam estarem “mandando as mulheres para o inferno” por possuírem “úteros malditos”.

O assassinato de uma das vítimas, Jéssica, foi devidamente documentado com macabra riqueza de detalhes no livro “Revelações de um Esquizofrênico”, de autoria de um dos membros do trio. Junto com o grupo foi apreendido, também, um diário, onde uma das criminosas revela detalhes dos crimes. 


Você acha pouco? Com a carne proveniente das nádegas e coxas das vítimas eles faziam empadas, que eram vendidas pelas redondezas. O caso relatado tem semelhanças com a lenda de um crime britânico que ficou famosa junto ao público do mundo inteiro após o cineasta Tim Burton lançar, em 2007, o filme-musical “Sweeny Todd, o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”. No cinema, o ator Johnny Depp interpreta o papel de Sweeny Todd, um barbeiro que assassinava seus clientes. Após cometer vários crimes, Todd conhece a senhora Lovett, uma cozinheira que vendia tortas em Londres. Os dois se apaixonam e passam a desenvolver um comércio macabro onde a cozinheira fazia o recheio de suas tortas com a carne das vítimas do companheiro.

A realidade imita a ficção, ou seria o contrário?

Infelizmente nos deparamos com o horror sem a necessidade de assistir a um filme ou ler um livro, pois ele bate constantemente à nossa porta.



Prisioneiro do Medo


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