Outro dia, em uma roda de colegas do trabalho, mencionaram o fato de eu ser um “escritor de terror” (o pessoal ainda não está familiarizado com o termo “horror” e nem eu me considero um escritor), mas inúmeros comentários surgiram.
O que falta é alguém ter a boa vontade de escolher um bom material e decidir batalhar encima dele, investindo em marketing assim como as editoras estrangeiras fazem e mostrar que aqui no Brasil há muito mais autores (seja de horror ou de qualquer outro gênero) do que apenas André Vianco (uma vez que Paulo Coelho não escreve sobre horror e o grande Mojica é cineasta).
O que falta é alguém ter a boa vontade de escolher um bom material e decidir batalhar encima dele, investindo em marketing assim como as editoras estrangeiras fazem e mostrar que aqui no Brasil há muito mais autores (seja de horror ou de qualquer outro gênero) do que apenas André Vianco (uma vez que Paulo Coelho não escreve sobre horror e o grande Mojica é cineasta).
Entre eles mencionaram o fato de serem raros os escritores do gênero no Brasil, eles só conheciam André Vianco, Paulo Coelho (terror???) e Zé do Caixão (até onde sei ele é cineasta, e um senhor cineasta), mas tudo bem, não me admiro mais com observações bizarras vindas do povão que costuma ter como hobby ouvir pagode e assistir jogo do CUrintia.
O que quase me fez cometer um homicídio foi quando um dos presentes soltou aquela “Eu adoro histórias de terror, já li todos os livros do Crepúsculo”. Como eu não bebo nada etílico fui capaz de manter minha sanidade (?????), mas foi por pouco. Enfim, decidi então escrever para a coluna abordando o assunto e tentar desfazer os equívocos que o pessoal ainda insiste em ter.
No caso dos autores nacionais de horror o número não é tão pequeno como se acredita. Claro, o povo conhece apenas o que a mídia mostra, como é o caso do André Vianco, com méritos, mas existem inúmeros outros que abordam o gênero com maestria (e outros que pensam que abordam, mas esse é assunto para um texto que ainda está por vir).
No caso dos autores nacionais de horror o número não é tão pequeno como se acredita. Claro, o povo conhece apenas o que a mídia mostra, como é o caso do André Vianco, com méritos, mas existem inúmeros outros que abordam o gênero com maestria (e outros que pensam que abordam, mas esse é assunto para um texto que ainda está por vir).
Mas então nos encontramos em uma encruzilhada: ainda que os textos possuam qualidade, os autores não são conhecidos, sendo assim suas obras não atrairão a atenção de leitores (para as editoras leia-se compradores) e não renderão frutos a elas. Por outro lado, um livro escrito por um autor famoso já atrai a atenção do público e ainda que o trabalho não seja uma obra prima, o leitor só descobrirá isso tarde demais (e a editora já angariou seus lucros, atingiu seu objetivo).
Já li obras desses escritores gringos e confesso que alguns deles deixaram bastante a desejar (sim, eu sei, sou muito crítico e exigente), e que daria muito mais preferência aos textos lidos em algum blog da vida por terem me causado maior impacto.
Certo, cheguei então à segunda etapa do meu texto de hoje: os Best Sellers, aqueles livros que vendem milhões de exemplares no mundo todo. Perfeito, é óbvio que é mais compensador para as editoras investirem capital em uma obra que já possui seu marketing pronto, como no caso de livros do Stephen King, Anne Rice, etc, do que em um autor ainda desconhecido. Mas será que essas obras realmente possuem qualidade condizente com o nome de seus autores?
O povo sequer se interessa em ir às bibliotecas onde pode ler obras gratuitamente, o que dizer então de usar seu suado dinheiro (deixemos políticos e empresários de má índole de fora) para comprar um livro? Papai Noel existe.
Compreendo a posição deles, afinal de contas as editoras não são entidades filantrópicas que empregam seu capital sem expectativa de retorno, mas considerando que no país em que vivemos (Brasil, ok?) o povo prefere empregar seu dinheiro na aquisição de uma pizza ou um Promo do MacDonald´s ao invés de comprar um livro, não dá para se esperar que alguma editora obtenha lucros exorbitantes com a venda de livro algum, ou dá?
Não vou puxar a sardinha pro meu lado, me basearei somente em muitos textos que já li nas formas que mencionei, e posso dizer que vários deles deixam muito material “impresso” no chinelo, mas ainda assim os pseudo-intelectualóides insistem em afirmar que tais autores não podem ser assim considerados. Então em me pergunto: por que os senhores “letrados” que selecionam o material a ser impresso em suas editoras não deixam de lado um pouco o cabresto e arriscam um pouco com esses autores? Posso responder: medo de não obterem lucro.
Outro fato que vale a pensa mencionar é o de que são considerados autores pelos “letrados” aqueles que possuem trabalhos publicados por editoras, vamos dizer, de “carne e osso”. Sim, existem inúmeros autores que escrevem sobre horror, mas que não são assim reconhecidos por não terem trabalhos publicados da “maneira convencional” (leia-se publicados em papel por editoras) mantendo seus textos em blogs, livrarias virtuais ou fanzines eletrônicos (como é o meu caso, não me acanho em admitir).
Poderia citar os nomes de diversos escritores, amigos meus, que representam bem o cenário da literatura de horror no Brasil, mas para não correr o risco de deixar alguém de fora, melhor não fazer isso.
Dê uma pesquisada, caro leitor, e não será difícil encontrar bons escritores do gênero, mas fique atento, pois há muito escritor por aí que se inspira em Vampire Diaries e Crepúsculo para escrever suas "pérolas", e em relação a eles... bom, prefiro não comentar nada.
Dê uma pesquisada, caro leitor, e não será difícil encontrar bons escritores do gênero, mas fique atento, pois há muito escritor por aí que se inspira em Vampire Diaries e Crepúsculo para escrever suas "pérolas", e em relação a eles... bom, prefiro não comentar nada.
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